Projetos de Detectives Climáticos 2018-2019

Título do projeto: Clima extremo e o desmatamento

Equipe: Detectives Climáticos de Vianu  Projecto Altamente Recomendado

2018-2019   Escola Nacional Superior de Informática Tudor Vianu   Bucareste   Roménia   20 A idade do aluno: 12-13

Por um lado, nos últimos anos, na Roménia, tem havido uma desflorestação maciça. Por outro lado, registaram-se temperaturas extremas tanto no Verão como no Inverno e flutuações maciças da precipitação. Assim, a nossa ideia principal é determinar se existem efeitos mensuráveis no clima romeno devido à desflorestação maciça dos últimos anos. Para o efeito, analisámos a temperatura diária e a quantidade de precipitação dos últimos 20 anos em Janeiro, Abril, Julho e Outubro, criando tabelas e gráficos, bem como imagens e relatórios sobre a desflorestação. A tarefa deste projecto, bem como o feedback detalhado que recebemos após a primeira etapa, levou-nos a estudar mais profundamente os aspectos teóricos subjacentes ao clima. Utilizámos dados arquivados e as nossas próprias medições de temperatura e precipitação (para Janeiro de 2019), uma vez que construímos o nosso próprio pluviómetro. Traçámos a temperatura diária para cada mês de Janeiro, Abril, Julho e Outubro entre 2000 e 2018, e para Janeiro de 2019. Também utilizámos imagens captadas pelo satélite Sentinel 2 para acompanhar a desflorestação ilegal na Roménia. A fim de comparar os valores médios da temperatura e da quantidade de precipitação, bem como a flutuação dos valores médios, analisámos os dados através da sua representação em gráficos. Participar neste projecto deu-nos a oportunidade emocionante de agir como verdadeiros cientistas, analisando os dados, bem como as imagens recebidas de satélites. Enquanto trabalhávamos neste projecto, ficámos profundamente impressionados com o dramático desaparecimento de uma grande área de floresta no nosso país (336 000 ha entre 1990 e 2011). Para ajudar o ambiente, iniciámos uma campanha, "Salvar a floresta", que começou com a plantação de uma magnólia no pátio da nossa escola e continuará com um dia anual de plantação de árvores.

Para começar, documentámos os anos em que se verificou uma desflorestação maciça na Roménia. Em seguida, recolhemos os dados mencionados anteriormente e analisámos a temperatura diária registada para cada mês de janeiro, abril, julho e outubro entre 2000 e 2018, e para janeiro de 2019. Por fim, estudámos as imagens captadas pelo satélite Sentinel 2 das áreas ilegalmente desmatadas na Roménia e os dados adjacentes. Ao estudar a correlação entre os valores médios da temperatura e da quantidade de precipitação, bem como as suas flutuações, as fotografias tiradas e os dados plotados, verificámos que, em comparação com o ano 2000, as temperaturas em janeiro, abril e outubro de 2018 são significativamente maiores. No entanto, não podemos concluir que estamos a assistir a um fenómeno de aquecimento, uma vez que não existe uma tendência observável de aumento da temperatura, mas sim flutuações visíveis. Quanto às precipitações, há grandes flutuações de um ano para o outro (especialmente após a desflorestação), enquanto a quantidade média de precipitação está a diminuir (com excepção dos meses de Julho de 2014 e 2015). Concluímos que não existe uma correlação entre as alterações climáticas e a desflorestação maciça para o clima local (uma vez que as temperaturas flutuaram, sem apresentar uma tendência clara de crescimento), mas pode ser possível uma inter-relação entre a quantidade de precipitação e a desflorestação. Além disso, as provas mostram o enorme papel que as florestas têm no equilíbrio do clima local, afectando o ciclo da água (após a desflorestação, as flutuações da quantidade de precipitação aumentaram).

O nosso objectivo é sensibilizar para este assunto e convencer as autoridades a investir em mais investigação. Consideramos que educar as pessoas em relação aos factores que causam as alterações climáticas é o primeiro passo para combater as ameaças à vida na Terra. Para ajudar o ambiente, iniciámos uma campanha, "Salvar a floresta", que começou com a plantação de uma magnólia no pátio da nossa escola e continuará com um dia anual de plantação de árvores. Como desejamos salvar as florestas romenas, na Escola Nacional de Informática Tudor Vianu vamos ter um "Dia da Floresta", iniciado por nós, em Abril e Outubro, onde participaremos juntamente com outras associações e plantaremos árvores nas áreas abusivamente desflorestadas. O nosso outro objectivo é estudar as tendências gerais das alterações climáticas em várias grandes cidades da Roménia. Até agora, Bucareste é considerada uma região húmida, mas isso pode mudar no futuro se a tendência que detectámos durante este projecto se mantiver. Muito obrigado por esta óptima oportunidade!

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