Projetos de Detectives Climáticos 2018-2019

Tópico do projecto: Incêndios florestais

Título do projeto: Estudo sobre o impacto do incêndio de 23 de julho de 2018 no microclima de Rafina, utilizando dados de satélite fornecidos pela ESA

Equipe: EQUIPA ESPACIAL RAFINA  Prémio LPS CD Escola

2018-2019   3º Centro de Laboratórios da Ática Oriental - 1º Liceu de Rafina   RAFINA   Grécia   10 A idade do aluno: 14-15


Resumo do projeto

No início da tarde de segunda-feira, 23 de julho de 2018, deflagrou um incêndio florestal na floresta, 20 km a nordeste de Atenas e 5 km a oeste da costa oriental da Ática. O incêndio, classificado como um incêndio de copa, ajudado por ventos muito fortes com uma velocidade aproximada de 90 km/h, atravessou a autoestrada principal da zona num período de tempo muito curto. O fogo acabou por parar, mesmo junto à linha de costa. As difíceis condições climatéricas, a morfologia da zona e a configuração da cidade provocaram o aprisionamento de um grande número de pessoas. Esta catástrofe provocou muitos danos na paisagem, tais como a grande redução da biomassa florestal, o escoamento da água em direcções imprevistas, a inundação de bairros, o transporte de materiais florestais naturais queimados através de aquedutos e ribeiras em direção ao mar, bem como a deterioração do novo microclima que se formou nas áreas florestais circundantes. Esta situação levou-nos a aprofundar a investigação sobre as alterações causadas no clima e no solo da nossa zona. As ferramentas fornecidas pela plataforma Copernicus e pela ESA ajudaram-nos muito a atingir o nosso objetivo. Investigámos as alterações no microclima utilizando: ⦿ Programa Copernicus: Dados utilizados dos satélites SENTINEL2A,2B e LANDSAT8. Índices de vegetação (dados EO): (NDVI, SAVI, GNDVI, PSSR), e índices de solo (SOIL COMPOSITION INDEX, MIR/Red Eisenhydroxid-Index, Ferrous Silicates, Normalized Difference Salinity Index), para observar as mudanças e diferenças de valores, em relação às propriedades da vegetação e do solo antes e depois dos incêndios florestais. As tendências, especialmente para os efeitos na vegetação, são facilmente visíveis. ⦿ Dados Landsat8: criámos um diagrama de comparação que mostra as diferenças de temperatura antes e depois dos incêndios ⦿ Dados de imagem (dados EO): identificámos a área ardida. ⦿ Delineámos as diferenças na composição do solo, no que diz respeito a diferentes composições químicas e de carbono, antes e depois do incêndio.

Principais resultados

Após o nosso estudo, podemos ver, como esperávamos, que o microclima da área mudou e a vegetação foi seriamente afetada. Vimos a diferença na vegetação da área usando o NDVI, onde notamos uma mudança drástica nos preços. No período de tempo entre 2016 e o incêndio, costumava variar entre 0,3 e 0,45, mas houve uma queda drástica no dia do desastre. A recuperação da biomassa florestal começou após o incêndio florestal em julho de 2018 e continuou gradualmente até abril de 2019. As taxas começaram a aumentar novamente, mas não ultrapassaram 0,3. O contraste na quantidade e saúde da vegetação também é visível de perto, mas usámos dados de satélite para obter o resultado mais preciso. O fogo também causou danos na composição do solo, degradando-o. Isso é muito claro com a utilização da ferramenta Soil. Isso é muito claro através do índice de Composição do Solo, onde as taxas apresentam uma diferença significativa após o incêndio. Apesar de todos os danos causados, a natureza começou lentamente a voltar a ser o que era antes. A vegetação está a voltar a crescer e o solo está a ficar mais saudável. No entanto, o microclima da área mudou e serão necessários muitos anos para voltar a ser o que era antes, se é que alguma vez voltará.

Ações para ajudar a amenizar o problema

É urgente tomar medidas imediatas: monitorizar continuamente o processo de recuperação florestal e as funções ecológicas e fisiológicas da área florestal ardida Gerir a reflorestação Monitorizar as substâncias nutritivas do solo. Para poder evitar uma catástrofe deste tipo, é necessário informar o público sobre os impactos que os incêndios florestais têm imposto nos ecossistemas. -Devemos utilizar os dados do satélite Copernicus sobre uma série de condições ambientais e meteorológicas variáveis, para que os cidadãos e as autoridades municipais possam estar melhor informados para agir de forma inteligente e proactiva, utilizando a aplicação de observação remota e dados fundamentados.


Os projetos são criados pelas equipes e elas assumem a responsabilidade total pelos dados compartilhados.
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