Projetos de Detectives Climáticos 2018-2019

Tópico do projecto: Aquecimento global

Título do projeto: TORREPEROGIL ... GASES DE EFEITO DE ESTUFA, AQUECIMENTO LOCAL E CONSEQUÊNCIAS

Equipe: GIL DE ZÁTICO

2018-2019   IES :   Torreperogil   Espanha   20 A idade do aluno: 14-15


Resumo do projeto

Calculámos as emissões de gases com efeito de estufa na nossa região e fizemos uma comparação com as emissões registadas na União Europeia. Para o cálculo das emissões de Óxido Nitroso considerámos duas fontes: os fertilizantes e a gestão do estrume. A partir dos hectares das três principais culturas da região e considerando o rendimento de cada uma delas, foi calculada a quantidade de fertilizantes necessários e, consequentemente, o "Kg de Azoto" emitido pela actividade agrícola. Posteriormente, considerando o número de cabeças de gado e as emissões por cabeça e espécie animal, obtivemos o "kg de azoto" devido à pecuária. Para o metano, considerámos que a sua principal fonte emissora é o gado, tanto devido aos processos digestivos como à gestão do estrume, procedendo da mesma forma que para o "Azoto do gado". Para o Dióxido de Carbono, tivemos em conta o que se deve ao consumo de electricidade e à utilização de veículos. Para o consumo de electricidade, calculámos o consumo de cada uma das cidades da região, obtendo posteriormente a pegada de carbono associada. Quanto aos automóveis, obteve-se o número de veículos em cada uma das cidades e estima-se que um automóvel emite 2,9 toneladas de CO2 por ano. Tomámos a temperatura máxima e mínima da região desde 2006, calculámos a média e, tendo 2006 como referência, calculámos a diferença em relação a este ano, obtendo uma estimativa do "aquecimento local". Para o padrão de precipitação, os dados também foram tomados desde 2006. Finalmente, registámos a evolução do número de habitantes e do preço do azeite, que é o principal motor da economia da nossa região

Principais resultados

Os dados do Instituto de Estatística e Cartografia da Andaluzia mostram que as três principais culturas da região são "el olivar de regadío, de secano y el trigo de secano" com 75212, 7697, 766 hectares respectivamente, calculando o Azoto produzido para a utilização de fertilizantes, obtendo-se uma emissão de 286,2262401 kg do referido gás per capita. A partir do relatório OCA da Junta de Andaluzia e das directrizes do IPCC sobre emissões de gases com efeito de estufa "gado" por espécie, ano e cabeça de animal, obtemos 5,790223412 kg per capita de emissões de Azoto e 7,764042045 kg de Metano per capita. A partir do recenseamento automóvel e considerando que um veículo produz uma média de 2,9 toneladas de CO2 por ano, obtivemos que na região são emitidas 101891,5 toneladas de CO2 por ano pelo uso do veículo particular. Por outro lado, obtivemos a pegada de carbono como resultado do consumo de electricidade, obtendo 128128,41 toneladas, também anuais, somando ambas e tendo em conta o número de habitantes da região, obtemos 3003,459032 Kg per capita de CO2. Em percentagens, estamos a falar de 8,8% de Azoto, 0,2% de Metano e 90,9% de CO2 e aproximadamente 3 toneladas de CO2 por ano. Comparando estes resultados com os da União Europeia, em relação ao Nitrogénio 8% na UE, estamos quase um ponto acima, nas emissões de CO2, 83% na UE, passamos 8 pontos acima, no entanto o gás Metano na nossa região está quase 7 pontos abaixo, da UE com 7,6%. A emissão de CO2 de aproximadamente 3 toneladas por ano está um pouco abaixo da média mundial que se estima em 3,99 toneladas.

Ações para ajudar a amenizar o problema

O principal problema são as emissões de azoto pela actividade agrícola e de CO2 pela utilização dos transportes privados e pelo consumo de electricidade. Isto supõe um "aquecimento local" e anos com precipitações inferiores a 400 milímetros com perdas importantes nas colheitas, baixa do preço do petróleo e despovoamento. No "Aquecimento Local", tomando como referência o ano de 2006, observa-se um padrão cíclico: dois anos de "não aquecimento" alternam com um de "aquecimento" em que a temperatura sobe um grau em relação a 2006, como acontece em 2007 e 2011. Isto significa que em 2006, 2007 e 2011, a precipitação foi de 160,4; 405,2 e 265,7 mm respectivamente, justamente os anos de "aquecimento", coincidindo com o preço mais baixo histórico do petróleo em 2011. Outra consequência importante é o despovoamento em tempos de más colheitas, a partir de 2011, ano desastroso para a economia da região, a população começou a diminuir, de 106.114 em 2011 para 7.685 em 2018, ou seja, quase 30%. A nossa região, "La Loma", principal produtora de azeite a nível mundial, depende das condições climáticas óptimas para a olivicultura, a solução para o problema deve ser abordada a partir de duas direcções, por um lado para reduzir a utilização de fertilizantes azotados, o sistema circular agrícola-pecuário seria uma boa opção ou investigar com outras alternativas menos poluentes. Por outro lado, as emissões de CO2 devem ser reduzidas, promovendo mais a utilização dos transportes públicos, a partilha de automóveis... e sensibilizando para a necessidade de poupar energia nas habitações, ou mesmo tomar medidas mais drásticas, como controlar a quilometragem dos veículos particulares e estabelecer uma penalização quando um "limite" é ultrapassado, procedendo de forma semelhante com o consumo doméstico de electricidade

Link do projeto:

https://docs.google.com/spreadsheets/d/1WT84dNkt5aEZBo3ST9KMHcEKk8Wer3gNtWBEsbgRHaM/edit?usp=sharing


Os projetos são criados pelas equipes e elas assumem a responsabilidade total pelos dados compartilhados.
← Todos os projetos