Começámos por estudar o rio Tejo: onde nasce e que alterações sofre ao longo do seu percurso devido à ação humana. Ao longo da nossa investigação, analisámos a temperatura, a precipitação, o caudal do rio e dados de satélite. Convidámos também um engenheiro agrónomo que trabalha com agricultores da região para nos falar sobre a utilização que fazem da água do rio.
Concluímos que o caudal do rio é afetado por um transvase que existe em Espanha e é regulado através de cerca de quinze barragens, das quais apenas duas estão localizadas em Portugal. Estes dois países assinaram um acordo, que assegura a passagem de um caudal mínimo de Espanha para Portugal. Este acordo ajuda a evitar que o rio seque no nosso território, mesmo em anos de pouca pluviosidade. Percebemos também que, apesar da existência de barragens, existe uma relação entre a precipitação e o caudal do rio, tal como esperávamos. As imagens de satélite permitiram perceber que, quando chove pouco, a vegetação não se mantém tão saudável e conseguimos também perceber quando é que os campos agrícolas são irrigados. Da nossa conversa com a engenheira agrónoma (Dulce Rodrigues) ficámos a saber que já não é possível cultivar melão nesta região devido à salinidade da água (não estamos muito longe da foz do rio) e que atualmente cultivam sobretudo tomate, uma espécie que tem de ser regada durante todo o ciclo de crescimento. Também ficámos a saber que em 2022, que identificámos como o mais seco dos últimos anos, os agricultores tiveram de perfurar mais fundo para encontrar a água necessária para regar os campos.
Finalmente, pensámos.... Talvez o rio não seque completamente, mas estas alterações no caudal e na salinidade podem estar a afetar o rio como um ecossistema...