Projectos dos Detectives do Clima 2022-2023


Tópico do projecto: Mudanças climáticas

Título do projeto: CANTABRIA MUDA DE COR

Equipe: SAFADETECTIVAS

Sagrada Família   Herrera de Camargo   ESPANHA   40 A idade do aluno: 14-15 anos, 16-17 anos

Pergunta de pesquisa

Porque é que os agricultores têm de alimentar o seu gado no verão com as forragens reservadas para o inverno?

Resumo do projeto
A figura indica a alteração da clorofila na cidade de Matienzo de 2016 a 2022. Observa-se a mudança de cor de verde para amarelo devido à escassez de água, à mudança na paisagem de árvores para matagal.

As alterações climáticas em curso estão a afetar negativamente o clima na Cantábria, perturbando o ciclo natural da precipitação. Apesar de a região ter um clima ameno, com temperaturas, ventos e precipitação estáveis, o sector agrícola, em especial a indústria leiteira, está a ser afetado, com uma diminuição da percentagem da produção pecuária e agrícola. A seca da primavera do ano passado causou grande preocupação entre os agricultores que não tinham pasto suficiente para o seu gado. Devido à falta de chuva, os agricultores tiveram de utilizar as forragens reservadas para o inverno para alimentar os seus animais durante o verão, uma vez que os prados verdes da Cantábria se assemelhavam a uma estepe. Além disso, os agricultores da região têm recorrido à irrigação constante e algumas aldeias tiveram mesmo de impor cortes de água.
Para investigar e encontrar soluções para evitar que a Cantábria perca a sua paisagem verdejante, foi efectuado um estudo comparativo da temperatura e da precipitação em quatro meses do ano durante os últimos 20 anos, utilizando dados da AEMET (Agência Estatal de Meteorologia). Além disso, utilizando dados e imagens obtidos pelo satélite EO Browser da ESA, avaliou-se o nível de clorofila e NVDA em várias regiões da zona, examinando como o índice de cor variava com a estação do ano e como tinha diminuído nos últimos anos.
Por último, foram efectuadas entrevistas a agricultores da Cantábria para recolher as suas experiências e opiniões. A informação obtida foi utilizada para comparar o preço das forragens compradas pelos agricultores do Norte de Castela e Leão com os níveis de precipitação dos últimos anos, observando a tendência para o aumento dos custos e a escassez de chuvas.

Principais resultados e conclusões
Os dados analisados representam na figura do canto superior esquerdo a temperatura média nos 20 anos. Em baixo, o aumento dos incêndios na Cantábria. À direita, analisa-se a precipitação anual e a sua variação. Finalmente, representa-se como o custo das forragens para os agricultores foi afetado pela ausência de chuvas.

Utilizando dados da Agência Estadual de Meteorologia, AEMET, foi realizado um estudo de aproximadamente 20 anos, tomando temperaturas de diferentes meses do ano coincidindo com as mudanças sazonais. Comparando os gráficos de um ano para outro, pode-se observar que não há uma grande variedade nos resultados, já que a temperatura analisada é uma média. Pode observar-se que nalguns meses choveu muito menos do que noutros, mas trata-se de datas específicas. Com a análise da precipitação, acontece algo semelhante. Observando os dados, verificou-se que pode haver menos chuva no mesmo período, mas não em quantidade, pois quando chove, chove mais do que antes.
Por outro lado, utilizando o satélite EO BROWSER, foi efectuada a análise do coeficiente NVDA, que mede o índice de clorofila em diferentes zonas da Cantábria. Verificou-se, com base no índice de cor, que nestes casos, este varia, tanto nos anos, ou seja, atualmente, é inferior ao de há 10 anos, como entre os meses de verão e inverno, neste caso, observa-se um maior contraste.
Nas entrevistas com os agricultores, estes consideram que as alterações climáticas se fazem sentir, não só nas pastagens ou na temperatura, mas também nos preços dos alimentos que utilizam. As explorações pecuárias da Cantábria compram a forragem, a ervilhaca e a luzerna na zona norte de Castela e Leão, na fronteira com a Cantábria. Assim, utilizando dados oficiais do sector primário de Castela, verificou-se que, nos últimos três anos, há uma tendência para o aumento dos preços das forragens devido à escassez de precipitação.
Embora a acessibilidade dos dados tenha sido complicada e inconclusiva, podemos dizer que as alterações climáticas são visíveis e que devem ser consideradas várias medidas para evitar que as cores verdes da Cantábria desapareçam.

O que se segue? Acções para fazer a diferença e ajudar a diminuir o problema
Inquéritos aos agricultores para conhecer a sua situação e a sua opinião.

Concluiu-se que é necessário ter uma melhor acessibilidade aos dados climatológicos para que os cidadãos possam ter conhecimento dos mesmos.
É importante continuar a apoiar e a dar visibilidade ao trabalho e aos trabalhadores do sector primário devido à sua importância no nosso ambiente. Além disso, a plantação e a reflorestação são importantes para manter os ecossistemas. As árvores são sumidouros naturais de carbono que absorvem grandes quantidades de carbono. Quando as árvores se perdem, o carbono que elas retêm é libertado para a atmosfera, aumentando o efeito de estufa responsável pelas alterações climáticas. Seguindo a mesma linha, devem ser efectuados corta-fogos nas florestas para que os incêndios não se propaguem tão rapidamente, mantendo assim as florestas. Já que os incêndios são uma das causas que acabam com a vida selvagem e a vegetação da região, causando danos ao solo. Por outro lado, poderiam ser criados tanques de água para o aproveitamento da água da chuva e assim poder utilizá-la para irrigação.

Outros conteúdos:

Link do projeto:

https://sites.google.com/d/1vzLQxNkzivFOrErX5bw8wyPy0OomVcSE/p/1GDcQW_qeIai4nX4pa7JrX2IxsC204A5K/edit?pli=1

Cartaz do projecto:

Descarregar PDF do cartaz do projecto

Apresentação do projecto

Os projetos são criados pelas equipes e elas assumem a responsabilidade total pelos dados compartilhados.
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