Projetos de Detectives Climáticos 2019-2020

Tópico do projecto: Incêndios florestais

Título do projeto: Incêndios florestais em Miranda do Corvo

Equipe: Minions, Cuidadores da Terra!

2019-2020   Escola Básica Integrada / JI Prof. Dr. Ferrer Correia, Agrupamento de Escolas de Miranda do Corvo   Coimbra   Portugal   10 A idade do aluno: 10-11


Resumo do projeto

Miranda do Corvo é um concelho do distrito de Coimbra, severamente atormentado por incêndios florestais. Dado o impacto que o fogo causa no clima, decidimos investigar as consequências do fogo na nossa região. Desenvolvemos um conjunto de actividades para sensibilizar alunos, famílias, professores e funcionários para este problema e para tentar encontrar formas de o atenuar. Para iniciar a nossa investigação, realizámos duas experiências com o objectivo de analisar os efeitos do fogo nos solos. Os alunos e nós organizámos uma visita de estudo à região vizinha da Lousã. Tivemos a oportunidade de visitar a fábrica Prado - Cartolinas da Lousã, produtora de cartão. Pudemos conhecer o processo de transformação da matéria-prima e o seu processamento até à obtenção do produto final. Esta fábrica está empenhada em trabalhar de forma sustentável para minimizar o impacte no ambiente. Assistimos a um Workshop de Floresta Segura com o objectivo de sensibilizar a comunidade através dos mais novos, agentes educativos e adultos de amanhã. Aprendemos a não nos colocarmos em perigo, tomando consciência da necessidade de protecção e do ambiente. Ao estarmos conscientes do que é necessário para proteger cada um de nós, promovemos a solidariedade e a consciência de grupo. Visitámos o LEIF - "Laboratório de Estudos sobre Incêndios Florestais" da Universidade de Coimbra.) Observámos uma série de testes que promovem o conhecimento científico sobre os fenómenos relacionados com os incêndios: como se iniciam e como se propagam em função de diferentes condições. Estes ensaios contribuem para o esforço de minimizar o impacto negativo destes incêndios. O LEIF também realiza investigações sobre segurança pessoal: bombeiros, vestuário, habitação,... O Chefe do Corpo de Bombeiros de Miranda do Corvo foi também muito prestável fornecendo-nos factos estatísticos sobre os incêndios na região nos últimos 10 anos. ---------- Miranda do Corvo pertence ao distrito de Coimbra, que no Verão tem sido fustigado por incêndios. Por esse motivo, dado o impacto que os incêndios provocam no clima, decidimos investigar e estudar quais as consequências dos incêndios no concelho, assim como desenvolver diversas atividades para sensibilizar a comunidade educativa para este tema. Para levar a cabo a nossa investigação realizámos atividades experimentais, uma visita de estudo e contactámos o comandante dos Bombeiros Voluntários de Miranda do Corvo. Realizámos duas atividades experimentais com o objetivo de analisar o impacto dos incêndios no solo. Juntamente com os alunos planeámos, organizámos e efetuámos uma visita de estudo à Lousã. Tivemos oportunidade de visitar a Fábrica Prado - Cartolinas da Lousã, a Oficina de Segurança - Floresta, bem como o Laboratório de Estudos sobre Incêndios Florestais (LEIF). Na fábrica de papel, acompanhámos os vários processos de transformação da matéria-prima, processo de fabrico até à obtenção do produto final. Um dos compromissos da fábrica é produzir de forma sustentável: preocupa-se com o impacto que provoca no meio ambiente, realizando estudos de modo a minimizar esse impacto. Na Oficina, que tem como objectivo principal sensibilizar a comunidade através das mensagens pelos mais novos, enquanto agentes educativos que serão os homens de amanhã, aprendemos a prevenir situações de risco, a tomar consciência da necessidade da protecção da floresta e do meio ambiente, para a auto-proteção e promoção de um espírito solidário na segurança de todos. No laboratório acompanhámos atividades experimentais que promovem o conhecimento científico dos fenómenos relacionados com a ocorrência e propagação dos incêndios florestais, com vista ao suporte dos esforços comuns para a minimização dos impactos negativos dos mesmos. O LEIF faz investigação relacionada com a segurança pessoal nos incêndios florestais. O Comandante dos Bombeiros forneceu dados estatísticos dos incêndios do concelho, nos últimos 10 anos.

Principais resultados

O solo pode sofrer perigos irreversíveis e permanentes em resultado do fogo. Assim, o solo que demorou milhares de anos a formar-se pode perder-se para sempre. Os solos são o habitat de muitos animais e garantem a alimentação dos animais e dos seres humanos. Para estudar o impacto dos incêndios florestais, realizámos duas experiências: utilizámos solo com vegetação e solo sem vegetação, retirado de um terreno queimado pelo fogo. Observámos que no solo com vegetação a água escoava lentamente, infiltrava-se melhor e era mais transparente do que no outro solo, que era muito lavado e a água muito mais escura. Concluímos que a presença da vegetação segura o solo/terra e filtra a água. Assim, a cobertura vegetal é extremamente importante para manter o solo e combater a erosão. Na segunda experiência, analisámos a quantidade de ar existente nos dois solos. Concluímos que o solo de terra queimada não deixava a água escoar, era impermeável. No entanto, não conseguimos terminar esta experiência como pretendíamos, pelo que não correspondeu às nossas expectativas. No entanto, reforçou a nossa ideia de que o solo muda depois de um incêndio. A visita ao LEIF foi de extrema importância para todos nós, pois o Engenheiro André Rodrigues explicou-nos as suas actividades e ensaios, respondendo a todas as nossas questões. Não esqueceremos as suas explicações (apoiadas em experiências que tivemos a sorte de observar) sobre como a humidade, a qualidade e quantidade de combustível fóssil e a inclinação do terreno influenciam o fogo: a forma como cresce e se propaga. Referiu também consequências e formas de prevenir os incêndios que desconhecíamos. Acreditávamos que as árvores da nossa região, os eucaliptos, eram as culpadas pela extensão dos incêndios, mas agora sabemos que há muito mais a dizer. ---------- O solo pode degradar-se de forma irreversível em resultado das atividades humanas, tais como os incêndios. Perdem-se solos que levam milhares de anos a formar-se, que são o habitat de muitos seres vivos e garantem a alimentação dos seres humanos. Para estudar os impactos dos incêndios realizámos duas atividades experimentais. Na primeira atividade usámos um solo com vegetação e o solo sem vegetação, retirado de uma área ardida. Observámos que no solo com vegetação a água escorreu lentamente, mais límpida e infiltrou-se mais do que no solo sem vegetação. O solo sem vegetação tem uma quantidade de solo removido muito superior ao solo com vegetação (água escura). Concluímos que a presença de plantas fixa o solo e filtra a água. Podemos concluir que o coberto vegetal é muito importante na conservação do solo e no combate à sua erosão. Na segunda atividade experimental pretendíamos analisar a quantidade de ar que existia nos diferentes solos. Concluímos que o solo onde ocorreu o incêndio tornou-se impermeável, não deixando a água infiltrar-se. A nossa atividade em relação à quantidade do ar num solo fértil e num solo onde passou o incêndio foi inconclusiva (não conseguimos repetir a atividade experimental, devido à pandemia), não sendo possível responder à questão-problema. Contudo, veio reforçar a certeza da alteração da qualidade do solo após o incêndio. Na visita ao Laboratório, o Investigador Dr. André Rodrigues explicou que o comportamento dos incêndios depende da inclinação do terreno, da humidade, da quantidade e do tipo de combustível,... O Dr. André Rodrigues referiu algumas consequências e medidas de prevenção dos incêndios. Pudemos visualizar atividades práticas/experimentais do estudo dos incêndios, vendo a evolução do fogo alterando as condições. A visita revelou-se de extrema importância de ter mudado a nossa ideia inicial, que o grande problema do nosso concelho advinha dos eucaliptais.

Ações para ajudar a amenizar o problema

Ao longo do ano lectivo, tínhamos planeado desenvolver uma série de actividades para sensibilizar a população para o problema dos incêndios florestais. Os alunos começaram por plantar uma variedade de sementes/ossos de diferentes árvores, como castanheiros, carvalhos e nogueiras. Estas sementes destinavam-se a ser distribuídas pelas famílias e amigos na nossa festa ao ar livre de final de ano lectivo, que se realiza todos os anos em meados de Junho. Tínhamos também planeado várias outras actividades para o terceiro período, que deveriam ser divulgadas nessa mesma festa de final de ano lectivo, mas devido à pandemia de Covid 19, que encerrou todas as escolas em Portugal no dia 16 de Março, bem como em toda a Europa e no mundo, não nos foi possível concluí-las. Para ultrapassar esta situação, criámos um sítio Web onde colocámos e tornámos público todo o trabalho que já tínhamos feito e todas as conclusões a que tínhamos chegado até então. Ao contrário da nossa ideia inicial (culpar os eucaliptos), sabemos agora que a limpeza das florestas é uma prioridade máxima, porque se o fogo não tiver combustível fóssil ou tiver o mínimo possível, não se propaga tão rapidamente e é muito mais fácil de apagar. Este é um facto que faremos o que for preciso para passar a palavra à população em geral. Temos agora a certeza que vamos continuar a estudar este problema urgente e com tanto impacto na região onde vivemos, no nosso país, na saúde da população, na economia, no clima, no FUTURO. ---------- Ao longo do ano letivo, tínhamos previsto desenvolver várias ações/atividades para sensibilizar a comunidade educativa para a problemática dos incêndios. Os alunos começaram por realizar uma sementeira de várias árvores autóctones (castanheiro, nogueira e carvalho) que iriam ser distribuídas na festa final de ano. Tínhamos ainda previsto diversas atividades a desenvolver no 3º Período, sendo de salientar: realização de um musical de sensibilização alusivo ao tema para a comunidade educativa; pintura de t-shirts personalizada para o efeito; atelier com as várias atividades/descobertas realizadas ao longo do ano. Estas atividades iriam tornar-se públicas na festa de final de ano. Devido ao encerramento das escolas a 16 de março de 2020, todas as atividades planeadas para o 3º Período ficaram por realizar. Para colmatar esta situação, criámos um site onde publicámos todas as atividades/descobertas que foram desenvolvidas até essa data. A principal conclusão a que chegámos, ao contrário da nossa ideia inicial, é a extrema importância da limpeza das florestas, uma vez que sem combustível o fogo não se propaga tão depressa e é mais fácil extingui-lo. Isto é um facto que iremos fazer o que estiver ao nosso alcance para transmitir à comunidade educativa. Continuaremos a aprofundar os nossos conhecimentos sobre esta problemática com o impacto tão profundo no nosso concelho e no nosso país, para a saúde da população, para a economia, para o clima e para o FUTURO.

Link do projeto:

https://minionscuidadoresclima.webnode.pt/


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