Projetos de Detectives Climáticos 2019-2020

Título do projeto: As quatro estações regulares, o desmatamento e as chuvas

Equipe: Detectives Climáticos de Vianu  Projecto Altamente Recomendado

2019-2020   Escola Nacional de Informática Tudor Vianu   Bucareste   Roménia   11 A idade do aluno: 12-13, 14-15

Considerando que as habituais quatro estações típicas de um clima temperado parecem estar a transformar-se gradualmente em apenas duas, com mudanças bruscas de temperatura em vez de transições moderadas, investigámos se existe alguma ligação entre a desflorestação agressiva, as precipitações e as modificações das estações. No nosso projeto do ano passado, sentimos os limites do processamento apenas com o Excel. Percebemos que o intervalo de 20 anos não era suficiente e recolhemos informações de uma única estação meteorológica. Agora, o processamento dos dados foi feito com um programa em C++ feito pela nossa equipa e com as facilidades de gráficos oferecidas pelo Excel. Utilizando o nosso guião, a análise tem um elevado grau de generalidade e pode ser aplicada a outros países. No âmbito do projeto, a generalidade é importante, uma vez que os dados recolhidos nos países vizinhos podem ser analisados a fim de identificar outras causas de fenómenos internos. Além disso, criámos o nosso próprio sítio Web em https://vianuclimatedetectives.com/, onde partilhámos os dados recolhidos, o processamento e os resultados. Todo o processamento estará disponível para o público a partir de 26 de maio de 2020. Além disso, alargámos o período para 60 anos, processámos dados de todas as 26 estações meteorológicas da Roménia e dedicámos um capítulo especial à qualidade dos dados, eliminando 7 estações que não passaram no teste de qualidade. Além disso, queríamos medir a temperatura com precisão, pelo que utilizámos um sensor, inspirado na nossa participação no projeto Astropi Mission Zero, em que medimos a temperatura na ISS com os sensores existentes. Instalámos o sensor de temperatura num "minirover", para podermos medir diariamente as temperaturas no pátio da nossa escola. Explorámos uma área técnica da climatologia, o que foi um grande ganho. O sensor foi útil especialmente na fase preliminar, quando os últimos dados meteorológicos publicados pelas estações meteorológicas não estavam disponíveis.

Estudámos a dinâmica da desflorestação, a estrutura ao nível subnacional 2 e as imagens recentes captadas pelo Satélite Sentinel 2 A nos 11 principais municípios com maior perda de cobertura arbórea. Melhorámos a utilização de ferramentas avançadas, como o Sentinel EO Browser, e pretendemos participar no concurso Sentinel HUB Custom Script Contest no domínio da análise deste projeto. Além disso, elaborámos esquemas baseados nas explicações teóricas dos efeitos da desflorestação no clima. Traçámos em gráficos a temperatura média anual entre 2001 e 2019 em comparação com a média do período 1961-1990. Observamos um aumento significativo da temperatura a partir do ano de 2007 com as maiores áreas desmatadas. Assim, existe uma correlação entre o aumento da temperatura e a desflorestação maciça. Em seguida, analisámos todos os meses que envolvem transições entre duas estações: fevereiro-março, maio-junho, agosto-setembro, novembro-dezembro. Observámos alterações importantes na transição verão-outono e concluímos que, recentemente, a temperatura média da primeira quinzena de setembro ultrapassa a média da segunda quinzena de agosto do período de referência (1961-1990). Assim, poderíamos estar a assistir a um prolongamento do verão com 15 dias, deixando as estações de ser as clássicas. Além disso, analisámos a quantidade de precipitação da estação meteorológica mais próxima do município com a maior área desflorestada da Roménia. A nossa análise mostra que, após 2007, a diferença entre a quantidade de precipitação em agosto e setembro é obviamente menor do que em 1961-1990. Esta evolução é registada no gráfico de radar que mostra uma concentração da precipitação mensal no anel correspondente à quantidade de 80 mm, enquanto a amplitude máxima de um anel em 1961-2019 é de 180 mm. Assim, verifica-se um prolongamento do verão com 30 dias utilizando como critério a quantidade mensal de precipitação.

Ao apercebermo-nos do enorme impacto da desflorestação no clima, sabíamos que tínhamos de agir. Em primeiro lugar, vamos contactar patrocinadores de empresas que são diretamente afectadas pelas alterações climáticas causadas pela desflorestação agressiva, como a indústria dos seguros, a agricultura, a indústria energética e muitas outras. Depois, em conjunto com organizações sem fins lucrativos, vamos continuar a nossa campanha "Salvar a floresta" iniciada no ano passado, planear eventos de plantação de árvores que serão anunciados no nosso sítio Web, uma vez que já criámos uma componente de blogue onde promovemos os nossos eventos e interagimos com as pessoas interessadas. Além disso, estamos a planear um dia especial na nossa escola secundária, todos os anos, no Dia da Terra (22 de abril), em que vamos convidar importantes climatologistas e meteorologistas. No entanto, este ano, devido à pandemia, o nosso evento foi transferido para a Internet, uma vez que realizámos uma conferência Zoom, também publicada no nosso blogue de eventos, onde sensibilizámos para os principais problemas climáticos actuais e debatemos a forma de preservar o ambiente. Por último, podíamos organizar jogos divertidos e fazer bancas de limonada para tornar tudo mais apelativo e divertido e organizar um baile de beneficência na nossa escola secundária como campanha de angariação de fundos. Todos os fundos que sobrarem das nossas actividades serão doados a associações que ajudam a salvar o nosso planeta através da plantação de árvores. Não hesite em visitar o nosso sítio Web para obter uma análise detalhada, bem como os próximos eventos.

https://vianuclimatedetectives.com/