Climate Detectives Projects 2023-2024
Project title: Pantufas de carbono azul dos pradarias marinhas
Agrupamento de Escolas D. Afonso III Faro Portugal
Será que as pantufas de carbono (azul) que as ervas marinhas retêm, na Ria Formosa, conseguem contrabalançar as emissões de carbono das indústrias locais, atenuando os impactos nas alterações climáticas? Será que as pantufas de carbono (azul) que as ervas marinhas retêm, na Ria Formosa, conseguem contrabalançar as emissões de carbono na região do algarve, atenuando os impactos das alterações climáticas?
Questão-problema: Será que as pantufas de carbono (azul) que as ervas marinhas retêm, na Ria Formosa, conseguem contrabalançar as emissões de carbono na região do algarve, atenuando os impactos das alterações climáticas?
As pradarias marinhas (PM), bem como os ambientes de sapal, são sistemas costeiros com uma grande capacidade de retenção e armazenamento de matéria particulada fina transportada em suspensão nas águas lagunares.
Associada a esta matéria particulada, encontram-se presentes grandes quantidades de carbono de natureza orgânica (TOC) que também é retido e armazenado nos sedimentos das ervas marinhas.
A indústria emite carbono para a atmosfera, sendo este um dos causadores do aquecimento global.
Nós vamos analisar a quantidade de carbono que é “aprisionado” pelas ervas marinhas da ria formosa e assim perceber a quantidade e o valor monetário do carbono das “pantufas que as ervas marinhas calçam”, ou seja do carbono que existe aprisionado no sedimento das ervas marinhas, e perceber se este carbono consegue contrabalançar as emissões de carbono produzidas na região do Algarve.
Na escola, compreendemos os processos hidrodinâmicos e os processos inerentes ao transporte e retenção de matéria particulada, transportada em regime de suspensão por parte tanto das pradarias marinhas como das planícies intermareais arenosas .
Realizámos uma saída de campo à zona de estudo na Ria Formosa, para observar in situ os processos físicos e sedimentares e os ambientes sedimentares.
Procurámos compreender e distinguir os processos de oxidação e de redução da matéria orgânica que ocorrem nos sedimentos destes dois ambientes, e identificá-los pela cor.
Numa pradaria marinha foram colhidas 4 amostras de sedimento.
Numa planície intermareal arenosa (PIA) adjacente, foram recolhidas 4 amostras de sedimento superficial.
As 8 amostras recolhidas foram preparadas e enviadas para um laboratório certificado para determinação do carbono orgânico total.
Com base numa imagem de satélite de toda a Ria Formosa, identificámos e quantificámos as áreas das pradarias marinhas (m2).
Será que as pantufas de carbono (azul) que as ervas marinhas retêm, na Ria Formosa, conseguem contrabalançar as emissões de carbono das indústrias locais, atenuando os impactos nas alterações climáticas? Será que as pantufas de carbono (azul) que as ervas marinhas retêm, na Ria Formosa, conseguem contrabalançar as emissões de carbono na região do algarve, atenuando os impactos das alterações climáticas?
Infelizmente, as Pantufas de Carbono que as Ervas Marinhas, da nossa Ria Formosa, “calçam” não conseguem contrabalançar as emissões de carbono anuais da nossa região
As Pantufas de Carbono que as nossas Ervas “calçam”, se fossem compradas no dia 10/04/2024, teriam um custo de 73 233,60€
As Pradarias Marinhas (PM) representam cerca de 1,4% da área total da Ria Formosa (179 km2).
As Ervas Marinhas conseguem reter entre as suas folhas, uma grande quantidade de matéria orgânica particulada fina que era transportada em suspensão pela coluna de água.
Os sedimentos vasosos muito ricos em água e em matéria orgânica que se acumulam nas Ervas Marinhas, são depois reduzidos ao longo do tempo, e convertidos em carbono, apresentando valores médios anuais de TOC de TOC(PEM)≈457g/m2/ano.
Desta forma as PM são responsáveis pelo sequestro de grandes quantidades de carbono orgânico, prestando um serviço ecosistémico na retenção de Carbono Azul.
As Planícies Intermareais Arenosas (PIA) correspondem a vastas áreas de sedimento arenoso.
Aqui a matéria orgânica particulada, retida pela rugosidade do sedimento arenoso superficial, é reduzida durante o período das estofas das preia-mar, ficando submersa em água salgada, e é oxidada libertando CO2 durante as fases das baixa-mar, quando em contacto direto com o ar.
Apresentam valores médios de TOC anuais mais baixos, da ordem dos TOC (PIA)≈ 95g/m2/ano.
Consciencialização das pessoas para a importância da preservação dos prados de ervas marinhas e outros ambientes costeiros (exº sapais) através de ações de disseminação
Medidas que todos nós possamos adotar nestes ambientes costeiros, nomeadamente:
evitar o pisoteio das ervas marinhas, a destruição destes ambientes com a recolha de minhocas e outros organismos utilizados na pesca;
evitar usar estas áreas como fundeadouros de embarcações de recreio que levam à sua destruição pelas âncoras;
Sensibilizar para a importância das pradarias de ervas marinhas, que servem ainda de habitats para os cavalos marinhos, espécie protegida com estatuto especial de proteção (Convenções de Berna e Bona 2021).
– Realização de podcast, pequenos vídeos de sensibilização / teatros / folhetos e divulgação nas redes sociais.
– Dinamização de palestras para os alunos da escola, professores, funcionários e pais, em contexto escolar.
– Divulgação deste estudo através da participação em conferências estudantis / eventos organizados por entidades, que venham a ocorrer / conferências regionais e nacionais, entre outros.
The-seagrass-carbon-blue-slippers.pdf
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