Projectos dos Detectives do Clima 2022-2023


Tópico do projecto: Mudanças climáticas

Título do projeto: Quarteira e o mar - que futuro?

Equipe: Heróis do Mar

Agrupamento de Escolas Dr.ª Laura Ayres   Quarteira   Portugal   18 A idade do aluno: 12-13 anos de idade, 14-15 anos de idade

Pergunta de pesquisa

Qual(is) o(s) impacto(s) do avanço do mar na biodiversidade e na comunidade local?
Qual(ais) é(são) o(s) impacto(s) do avanço do mar na biodiversidade e na comunidade local?

Resumo do projeto
Visita de estudo

O avanço do mar tem sido uma preocupação constante ao longo dos tempos na cidade de Quarteira. As alterações climáticas (nomeadamente o aumento do efeito de estufa) tiveram, têm e poderão vir a ter influência no modo de vida da população local no que diz respeito a duas das principais actividades locais: a pesca (biodiversidade) e o turismo. Assim, abordámos a influência da subida do nível médio do mar no modo de vida da população de Quarteira. Para tal, analisámos imagens de satélite em time-lapse, utilizando o EO Browser, fazendo um estudo comparativo da subida do nível médio do mar em Quarteira. Validámos estes dados com dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera relativos às marés nos dias/horas das imagens seleccionadas (para diminuir o erro de análise). Para estas análises, contámos com o apoio da LS Geographic Engineering.
Entrevistámos pescadores e empresários ligados ao turismo na vila piscatória para perceber se as alterações do nível médio do mar tiveram impacto nos seus sectores e fizemos uma saída de campo orientada pelo Professor Óscar Ferreira, especialista em dinâmica costeira da Universidade do Algarve, sobre a dinâmica da linha de costa na zona sul de Portugal. Durante a saída de campo pudemos validar in situ algumas das imagens de satélite recentes, previamente observadas em sala de aula, o que nos ajudou a perceber como se formam as praias, nomeadamente a de Quarteira, e todo o trabalho que já foi feito para atenuar o avanço do mar.

O avanço do mar tem sido uma preocupação constante ao longo do tempo na cidade de Quarteira. As alterações climáticas (nomeadamente o aumento do efeito de estufa) tiveram, têm e poderão vir a ter influência no modo de vida da população local relativamente a duas das principais actividades locais: a pesca (biodiversidade) e o turismo. Assim, abordámos a influência da subida do nível médio das águas do mar no modo de vida da população de Quarteira. Para isso, analisámos imagens de satélite em time-lapse, recorrendo ao EO Browser fazendo um estudo comparativo da subida do nível médio das águas do mar em Quarteira. Validámos esses dados com dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera relativos às marés nos dias/horas das imagens selecionadas (para diminuir o erro de análise). Para estas análises, contactámos com o apoio da LS Engenharia Geográfica.
Realizámos entrevistas a pescadores e empresários ligados ao turismo na cidade pesca para perceber se as alterações no nível médio das águas do mar tiveram impactos nos seus setores e fizemos uma saída de campo orientada pelo professor Óscar Ferreira, especialista em dinâmica costeira da Universidade do Algarve, sobre a dinâmica do litoral na zona sul portuguesa. Na saída de campo pudemos validar in situ algumas das imagens de satélite recentes, observadas previamente em sala de aula, ajudou-nos a perceber como se formam as praias, em especial a de Quarteira, e todo o trabalho que já foi feito para mitigar o avanço do mar.

Principais resultados e conclusões

Com a análise das imagens de satélite, validadas durante a visita de campo, verificámos que a praia de Quarteira, no passado, era alimentada pela erosão das arribas da praia da Falésia. Com a construção da marina de Vilamoura e do porto de pesca, o transporte de areias foi interrompido por serem obstáculos à circulação dos sedimentos. Os efeitos da falta de areia aceleraram a erosão e, juntamente com o aumento do NMAM, o recuo da costa tem sido de até 3 m/ano na parte oriental. As soluções têm sido a construção de pontões e a recuperação das praias
Falando com os pescadores locais, estes consideram que o aumento da temperatura e da acidez da água alterou o ciclo de vida dos peixes. Referiram que a quantidade de peixe disponível tem vindo a diminuir ao longo dos anos, quer devido ao esforço de pesca, quer à disponibilidade de alimento ou a alterações na flora subaquática. Quando questionados sobre a existência ou não de novas espécies ou o desaparecimento de outras, relacionadas com as alterações climáticas, responderam que há alterações. Por exemplo, o caranguejo azul, o peixe balão e algumas espécies de peixes de água quente estão a começar a cair nas redes. Assim, concluímos que, na opinião dos pescadores, há alterações no oceano que afectam a pesca, principalmente o aquecimento da água.
Quanto aos trabalhos de repavimentação das praias e de construção de bacias, estes são bem vistos pelos empresários locais, pois têm plena consciência de que é a forma de manter as praias e de prosseguir as actividades turísticas. Os pescadores, por outro lado, sentem-se reticentes em relação a esta estratégia, pois receiam que a extração de areia afecte os ecossistemas marinhos.
Não podemos ficar parados sem fazer nada. Temos de voltar a nutrir as praias, mas também temos de mudar o nosso próprio comportamento para reduzir o nosso impacto individual nas alterações climáticas.

Com a análise das imagens de satélite, validadas durante a saída de campo, pudemos constatar que a praia de Quarteira, no passado, era alimentada pela erosão das arribas da praia da Falésia. Com a construção da marina de Vilamoura e do porto de pesca o transporte das areias foi interrompido pois estas construções são obstáculos à circulação de sedimentos. Os efeitos da falta de areia aceleraram a erosão e, juntamente com a subida do NMAM, o recuo da costa chegou a ser de 3 m/ano na zona mais a este. As soluções encontradas para interromper este ciclo foram a construção de pontões e a realimentação da praia
Falando com os pescadores locais, estes consideram que o aumento da temperatura e da acidez das águas alteraram o ciclo de vida dos peixes. Referiram que a quantidade de peixes disponíveis tem diminuído ao longo dos anos, seja pelo esforço de pesca, pela disponibilidade de alimento ou pela alteração da flora subaquática. Quando questionados sobre a existência ou não de espécies novas ou o desaparecimento de outras, relacionado com as alterações climáticas, respondem que existem alterações. Por exemplo, o caranguejo azul, o peixe balão e algumas espécies de peixes de águas quentes começam a cair nas redes. Concluímos assim, que, na visão dos pescadores, verificam-se alterações no oceano que afetam a pesca, principalmente o aquecimento da água.
Quanto ao trabalho de realimentação das praias e construção de porões, este é bem visto pelos empresários locais, pois têm plena consciência de que é a única forma de manter as praias e continuar com as atividades turísticas. Já os pescadores sentem-se reticentes quanto a esta estratégia pois receiam que a extração de areia afete os ecossistemas marinhos.
Todos concordam que não podemos ficar de braços cruzados. É necessário realimentar as praias, mas também alterarmos os nossos comportamentos diminuindo o impacto individual nas alterações climáticas.

O que se segue? Acções para fazer a diferença e ajudar a diminuir o problema

A informação e o conhecimento são as melhores acções que podemos tomar enquanto cidadãos. Assim, é importante promover a aquisição de conhecimentos científicos na comunidade local.
Assim, pretendemos divulgar o nosso estudo junto das autarquias locais (Junta de Freguesia de Quarteira e Câmara Municipal de Loulé) e da população, promovendo a participação em sessões de esclarecimento que sensibilizem as pessoas para as alterações climáticas e para as suas acções individuais.

A informação e o conhecimento são as melhores acções que podemos tomar enquanto cidadãos. Desta forma, torna-se importante promover a aquisição do conhecimento científico na comunidade local.
Assim, pretendemos divulgar o nosso estudo junto das entidades de poder local (Junta de Freguesia de Quarteira e Câmara Municipal de Loulé) e da população, promovendo a participação em sessões informativas que fomentem a consciencialização das pessoas sobre as mudanças climáticas e sobre as suas acções individuais.

Outros conteúdos:

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Cartaz do projecto:

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