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A influência da poluição atmosférica nos ecossistemas da Ria Formosa

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O aumento da concentração de CO2 e de CH4 na atmosfera, por ação antropogénica, contribui para o aquecimento global.

Grande parte do efeito de estufa está associado à emissão de metano (muito mais do que à emissão de dióxido de carbono). Este metano provém essencialmente da produção intensiva de vacas, porcos e aves, para consumo humano.

As ervas marinhas para além de servirem de refúgio para a biodiversidade, consomem o dióxido de carbono, libertam oxigénio (durante o dia, pelo processo da fotossíntese) e retêm o carbono, o chamado carbono azul.

Por outro lado, conchas carbonatadas dos seres vivos evitam uma descida abrupta do pH, combatendo a acidificação dos oceanos, à custa do desgaste e degradação das conchas, tornando estes seres vivos mais vulneráveis e levando-os à morte.

Pretende-se com este projeto investigar o impacto do aumento da concentração de CO2 e de CH4 no equilíbrio dos ecossistemas da Ria Formosa.

Vandenynai

Pretendemos usar medições realizadas no solo.

Numa 1ª Fase serão feitas recolhas de água, sedimentos, ervas marinhas e conchas, para se poder reproduzir em laboratório os 2 ambientes naturais muito importantes da nossa ria formosa; por um lado, os fundos arenosos com conchas, e por outro os prados de ervas marinhas.

Numa 2ª Fase montar-se-ão 3 aquários:
No Aquário 1 , de controlo, será posto sedimento, ervas marinhas e conchas. Este aquário terá uma bomba de ar/arejador.
No Aquário 2, será colocado sedimento e ervas marinhas.

No Aquário 3, serão colocados sedimentos e conchas de bivalves.

Tanto o Aquário 2 como o 3 serão sujeitos a situações de stress, submetendo-os a gases altamente poluentes e com efeitos de estufa (o metano e o dióxido de carbono). Estes gases serão produzidos por dois bio-digestores: num usar-se-ão leveduras e açúcar para produção de dióxido de carbono (fermentação aeróbica) e no outro usar-se-ão fezes de galinha (fermentação anaeróbica), sem intervenção de oxigénio, para produção de metano. Este último bio-digestor será revestido com papel de alumínio, para evitar a entrada de luz, eliminando a possibilidade de haver fotossíntese.

Numa 3ª Fase iremos fazer as seguintes monitorizações:

– A massa das conchas do aquário 3. As conchas serão previamente secas numa estufa, a uma temperatura de 60 °C, durante 24 horas.

– Os nitratos, nitritos, fosfatos, e relação amoníaco / amónia, através de testes colorimétricos.

– A temperatura, o pH, o teor de oxigénio e a condutividade elétrica, usando uma sonda.

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